quinta-feira, 30 de março de 2017

Sugestão de Leitura - 30 de março


Era uma vez uma menina chamada Joana, que desde pequenina tinha uma serpentimação. Todas as noites iam ver a sua estrelação, que parecia a cara da sua mãe, já falecida.
Morava apenas com o avô. O pai viajava muito. Adorava morar com o avô que lhe contava muitas histórias e era muito engraçado.
Joana e a sua serpente andavam sempre juntas, separavam-se apenas quando Joana ia para a escola.
Certo dia, estavam elas no monte a olhar para a estrelação quando, de repente, a serpente se foi embora. Joana bem tentou apanhá-la, mas a serpente esgueirou-se pelo meio do arbusto. Joana perdeu-a de vista.
Enquanto ia suspiramingando, pensava no que havia de fazer. Olhando para o céu, verificou que os pontos da estrelação se uniram.
Ainda estupefacta, Joana surpreendeu-se quando a estrelação lhe disse:
- Minha querida, se queres voltar a ver  a tua serpentilhosa, tens de visitar todos os vossos lugares favoritos.
Antes de iniciar a sua busca, Joana foi perguntar ao avô se aquilo tinha sido real ou apenas um pensasonho. O avô contou-lhe a história do seu gato que se perdera em criança. Tinha-lhe acontecido precisamente a mesma coisa. No entanto, nada fez para encontrar o seu gatinhoso Felpudo. Ainda hoje sente saudades e também tristeza por nunca o ter encontrado.
Mais determinada do que nunca, Joana pôs-se a caminho. Começou pelo lago das verdades onde iam frequentemente nadar nas férias de verão. Passou pela feira das três cidades, visita de todos os fins de semana e foi à barraca de algodão onde Joana gastava a sua mesada; na loja de animais onde a comprara também não teve sucesso.
Desanimada e sem qualquer indício da sua melhor amiga, Joana regressou a casa. Caminhava vagarosamente, com toda a tristeza do mundo, quando avistou uma serpente acompanhada de serpentequenas. Que surpresa! Era a sua Serpente!
 Afinal a sua serpente resolvera ter a sua própria família.
Nessa noite, Joana deitou-se cansada, mas feliz, a contar as estrelas da sua estrelação, sabendo que algures a sua miga faria o mesmo.
E assim termina esta histovilhosa.



Francisca, 7ºAC

(Neste texto, as palavras "falinventadas" são quase todas da autoria da aluna Francisca)