O conto popular tem uma origem anónima e oral: foi o povo que o criou e transmitiu, oralmente, de geração em geração (de pais para filhos, de avós para netos…) procurando, ao mesmo tempo,entreter e educar o ouvinte.
Os comerciantes e viajantes levavam as histórias que ouviam para outras terras e contavam-nas às gentes que aí viviam, mas cada “contador” introduzia-lhe inevitavelmente pequenas alterações (“Quem conta um conto, acrescenta um ponto”). Daí ser comum encontrar diferentes versões do mesmo conto em diferentes regiões.
O interesse dos escritores pelo conto popular surgiu no século XVII, quando, em 1697, Charles Perrault publicou a primeira recolha de contos populares franceses, que incluía histórias como “A Gata Borralheira”, “O Capuchinho Vermelho”e “O Gato das Botas”. Este interesse pela literatura popular acentuou-se no século XIX, como trabalho dos irmãos Grimm , na Alemanha, e Hans Christian Andersen, na Dinamarca. Em Portugal destacaram-se, nessa tarefa, investigadores como Teófilo Braga, Adolfo Coelho, Almeida Garrett ou Leite Vasconcelos.
No dia 23 de outubro, dia a biblioteca escolar, este património foi relembrado pelo contador de histórias Micael Almeida, da Visiunarte Ateliês. A todos os alunos da EPE, do 1ºCEB e do 5ºano do Agrupamento foram contados três contos: “O caldo de pedra”, “O rei comilão” e “O lenhador honesto”. Divulgamos alguns desses momentos: